Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em investigação sobre bets

Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em investigação sobre bets
Cantor Gusttavo Lima - Reprodução/Instagram
Publicado em 23/09/2024 às 15:44

A Justiça de Pernambuco ordenou, nesta segunda-feira (23), a prisão do cantor Gusttavo Lima. A decisão foi tomada pela juíza Andrea Calado da Cruz, do Tribunal de Justiça do estado, como parte da Operação Integration, que também levou à prisão a influenciadora e advogada Deolane Bezerra.

O processo corre sob sigilo, mas detalhes da decisão indicam que a juíza acatou o pedido da Polícia Civil de Pernambuco e rejeitou uma solicitação anterior do Ministério Público, que havia proposto a substituição das prisões preventivas por medidas menos restritivas.

Segundo a decisão judicial, Nivaldo Batista Lima (nome de registro de Gusttavo Lima) estaria envolvido com foragidos da Justiça, demonstrando “uma alarmante falta de consideração pela Justiça” ao manter relações financeiras suspeitas com indivíduos investigados por crimes graves. A magistrada destacou que a empresa de Gusttavo Lima, Balada Eventos, teria movimentações suspeitas ligadas à lavagem de dinheiro, o que reforça a gravidade da situação.

A investigação revelou que, durante uma viagem recente à Grécia, o cantor teria viajado com José André da Rocha Neto, proprietário da casa de apostas VaideBet, e sua esposa, Aislla Rocha. A suspeita é de que, no retorno ao Brasil, o casal tenha ficado no exterior, o que poderia configurar uma tentativa de fuga. O percurso da viagem foi monitorado e reforça a necessidade de investigação aprofundada.

Anteriormente, a Justiça já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens da Balada Eventos. A operação investiga uma suposta rede criminosa que atuaria no mercado de jogos ilegais e lavagem de dinheiro. Além disso, foi identificado que uma das empresas de José André Rocha Neto comprou um avião de Gusttavo Lima, o que também está sendo analisado como parte do esquema investigado.

Em resposta nas redes sociais, Gusttavo Lima afirmou que sua empresa foi envolvida na operação por meras transações comerciais com as empresas investigadas, argumentando que houve excesso na ação das autoridades. O advogado do cantor, Cláudio Bessas, defende que a compra e venda do avião seguiu todos os procedimentos legais e que isso será provado.

A defesa de José André da Rocha Neto e Aislla Rocha também alega que o casal não cometeu qualquer ilegalidade e que as acusações serão refutadas com provas documentais ao longo da investigação.

Fonte: Folha de São Paulo