Bitcoinrecuperou-se na quarta-feira, atingindo recordes históricos quando o ex-presidente Donald Trump derrotou a vice-presidente Kamala Harris para ganhar a Casa Branca .

O preço da principal criptomoeda subiu 9%, para cerca de US$ 76.052,66, de acordo com a Coin Metrics, após atingir um novo recorde de US$ 76.493,86.

“Os temas em torno do comércio de Trump por criptomoedas são desregulamentação, potenciais cortes de impostos para um ativo que é mantido a longo prazo, mas também negociado diariamente, menos dependência de partes do governo como instituições financeiras e o Fed — ou pelo menos uma alternativa para moeda descentralizada — e suporte geral de ativos de risco e o crescimento das criptomoedas… é realmente o que está fazendo-as crescer”, disse Sylvia Jablonski, CEO e diretora de investimentos da Defiance ETFs, à CNBC.

Étersubiu 11%, enquanto o token empatou com seu concorrente, Solana, disparou 13%. Token de pagamento XRPsaltou mais de 5%. Enquanto isso, as memecoins dispararam , com dogecoinsubiu mais de 15%.

Ações da Coinbasesubiu 31,11%, registrando seu melhor dia já registrado desde o primeiro dia de negociação . MicroStrategy, que é negociado como uma jogada de alto beta no preço do bitcoin, avançou 13%.

Enquanto o bitcoin está se beneficiando de sua narrativa de proteção contra a inflação , investidores de outras criptomoedas e da Coinbase estão apostando que o ambiente regulatório dos EUA dará mais suporte à indústria de criptomoedas, conforme prometido por Trump durante sua campanha.

Os eleitores nesta eleição estavam preocupados com o estado do déficit do governo, que aumentou 8% no ano fiscal de 2024 para  US$ 1,8 trilhão , e com o aumento dos cortes de impostos prometidos por Trump e Harris. O Bitcoin, assim como o ouro, é visto por muitos investidores como uma proteção contra o potencial de políticas fiscais e monetárias que se combinam para reduzir o valor do dólar e aumentar a inflação.

Trump se apresentou como o candidato pró-cripto no início da corrida e cortejou a indústria diretamente . Isso incluiu declarações de que ele instalaria um conselho consultivo de cripto em seus primeiros 100 dias no cargo, estabeleceria regulamentação favorável para encorajar a mineração doméstica de bitcoin “made in the USA”, lançaria um estoque nacional estratégico de bitcoin e — o que talvez tenha ressoado mais fortemente com a indústria — substituiria o presidente da Securities and Exchange Commission, Gary Gensler.

Gensler se tornou um adversário da indústria de criptomoedas, que há muito tempo está frustrada com a recusa da SEC, sob sua liderança, em fornecer orientação clara para empresas de criptomoedas dos EUA – escolhendo, em vez disso, regulamentar por meio de execução, diz a indústria. Por causa disso, em grande parte, a eleição presidencial deste ano foi chamada de a mais importante na vida da indústria de criptomoedas.

“Embora o presidente eleito Trump tenha afirmado que fará dos EUA a ‘capital criptográfica’ do mundo, os detalhes de seus planos ainda não foram revelados, e espero que leve algum tempo para realmente entender sua posição em relação às criptomoedas”, disse Anthony Yeung, chefe global de desenvolvimento estratégico da CoinCover.

“É do interesse da indústria que os EUA ajam mais cedo do que tarde quando se trata de elaborar uma estrutura regulatória”, disse ele. “O que eles precisam é de uma regulamentação direcionada e proporcional que priorize a proteção do consumidor e incentive a inovação. Alcançar esse equilíbrio exigirá uma colaboração próxima entre reguladores, formuladores de políticas e participantes da indústria.”

Nas eleições de 2012, 2016 e 2020, o bitcoin teve retornos de aproximadamente 87%, 44% e 145% nos 90 dias seguintes ao dia da eleição, respectivamente. Isso ocorre em parte porque os anos eleitorais acontecem em  anos de halving do Bitcoin  , quando o fornecimento da criptomoeda diminui. Os retornos pós-eleitorais também tendem a se alinhar com as principais mudanças na política do Federal Reserve. Este ano, o mercado está ansioso por mais reduções nas taxas de juros.

Fonte: CNBC.