Cadastro Imobiliário Nacional vai atualizar valores e pode elevar impostos a partir de 2026
A partir de 2026, todos os imóveis urbanos e rurais do Brasil terão um código único no Cadastro Imobiliário Brasileiro (CIB), vinculado a um sistema nacional gerido pela Receita Federal. A medida, já regulamentada pela Instrução Normativa RFB nº 2.275/2025, promete organizar e centralizar as informações sobre propriedades em todo o território nacional.
Na prática, porém, especialistas apontam que a mudança pode ter impacto direto no bolso do contribuinte. Isso porque, além do cadastro unificado, cada imóvel passará a ter o valor de mercado atualizado em tempo real, servindo como base para cálculo de tributos como IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ITBI (Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis) e até mesmo o ITR (Imposto Territorial Rural).
Atualmente, muitos municípios utilizam valores venais defasados, bem abaixo do preço real de mercado, o que reduz a carga tributária sobre os imóveis. Com o novo sistema, a tendência é que essa defasagem deixe de existir, aumentando automaticamente a arrecadação municipal e federal, mesmo sem alteração de alíquotas.
Outro ponto relevante é a integração dos cartórios de registro e serviços notariais ao Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais (Sinter). A partir da vigência, qualquer transação imobiliária — compra, venda, doação, inventário ou registro — será comunicada de forma imediata à Receita Federal, ampliando o controle do fisco sobre movimentações patrimoniais.
A Receita justifica que a medida visa modernizar, dar transparência ao mercado e combater práticas ilegais, como a grilagem de terras, a sonegação e a lavagem de dinheiro. No entanto, na avaliação de juristas e tributaristas, a mudança representa uma “porta aberta” para o aumento da carga tributária, uma vez que amplia a base de cálculo dos impostos ligados à propriedade.
Para a população, o alerta é claro: quem estava acostumado a negociar com base em valores antigos precisará se adaptar à nova realidade. A atualização pode encarecer registros, transmissões e o próprio pagamento de tributos anuais. Especialistas recomendam atenção e planejamento antecipado, a fim de evitar surpresas desagradáveis a partir de 2026.
Jornalista com especialização em Comunicação e Marketing, possui formação internacional em Coaching e Leadership pela Ohio University (EUA) e especialização em Docência do Ensino Superior. Atualmente cursa MBA em Inteligência Artificial. Palestrante e consultor em Desenvolvimento Pessoal com 21 anos de experiência em comunicação e vivência cultural em 12 países.













