Corpos encontrados em Marechal e Toledo têm ligação com “tribunal do PCC”, diz delegada
A Polícia Civil informou que três mortes que foram registradas em Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, nos últimos dias estão relacionados com um julgamento paralelo realizado por uma célula do Primeiro Comando da Capital – PCC, que atua na região. A delegada Yasmin Espicalsky deu mais informações sobre as mortes nesta terça-feira (23).
As investigações começaram após um corpo de uma mulher ser encontrado amarrado e abandonado em uma área rural da cidade, no último dia 19 de julho. Após o achado do cadáver, os policiais foram até a casa onde a mulher morava e encontraram a seguinte mensagem escrita em uma das paredes: “Rato. Rato. Você vai morrer, é só esperar”.
Por conta desta evidência, a polícia imaginou que o marido da mulher encontrada morta também estaria morto. A hipótese se confirmou no dia 20 de julho, quando o corpo do homem também foi encontrado, em Novo Sarandi, distrito de Toledo.
A polícia descobriu que os dois participavam de uma célula da facção criminosa PCC e por conta de um homicídio que cometeram, eles foram julgados pela “cúpula” da organização criminosa. O corpo de uma mulher, que provavelmente foi a vítima do casal, foi encontrado no último domingo, 21 de julho.
Ainda na sexta-feira (21), um homem e uma mulher foram presos durante o cumprimento de um mandado de prisão pelos agentes da delegacia de Marechal Cândido Rondon. O homem é suspeito de ser o líder da célula do PCC na cidade e também de ser o executor do julgamento do casal que foi encontrado morto. Ele está preso e à disposição da Justiça.
De acordo com a delegada, a suspeita é de que os membros da organização criminosa não aprovaram a maneira como o casal executou o homicídio, que possui evidências de tortura. As investigações seguem para elucidar todas as conexões entre os crimes.