Do palco do Coldplay para o palco da vergonha: a queda de um CEO
Visto como um exemplo. CEO de uma empresa bilionária, presença marcante em fóruns internacionais, defensor de valores como ética, transparência, família e responsabilidade social. Flagrado, em um show do Coldplay, de mãos dadas com sua amante. A imagem rodou o mundo. E junto com ela, caiu também a imagem construída.
Essa cena não é só sobre infidelidade. É sobre a incoerência entre o que se prega e o que se vive. É sobre a distância entre o discurso bonito e a conduta real. E o impacto disso vai muito além da vida pessoal. Reflete na empresa, nos colaboradores, nos investidores, na cultura organizacional e, principalmente, na confiança.


Um líder que trai a própria família é capaz de trair o seu time. Porque quem rompe princípios em uma área da vida, cedo ou tarde, rompe em outras. Não existe integridade parcial. Liderança verdadeira exige coerência, exige valores incorporados, vividos, e não apenas discursados em reuniões ou entrevistas.
E quais são os princípios inegociáveis de uma liderança de verdade?
• Integridade – é ser inteiro, não fracionado entre o que se diz e o que se faz.
• Responsabilidade – é entender que o seu exemplo influencia diretamente quem te segue.
• Transparência – é ser luz, mesmo quando ninguém está olhando.
• Humildade – é reconhecer erros, buscar crescer e jamais se colocar acima dos outros.
• Coerência – é alinhar comportamento e valores, mesmo quando custa caro.
• Serviço – é colocar o bem do outro acima da vaidade pessoal.
O mundo está doente não só por falta de líderes… mas por excesso de máscaras. Pessoas que constroem imagens impecáveis, mas escondem realidades quebradas. E quando essas máscaras caem — e elas sempre caem — o estrago não é apenas individual. É coletivo. É cultural. É moral.
Essa reflexão vale para todos nós. Porque todos, de alguma forma, lideramos: em casa, no trabalho, no grupo de amigos, em redes sociais. A pergunta que fica é: que tipo de líder eu tenho sido? Um que inspira de verdade? Ou só mais um que encanta no palco e decepciona nos bastidores?
Porque, no fim, liderança não é sobre ter seguidores.
É sobre merecer ser seguido.
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O autor do artigo é Diego Francener, Diretor de Comunicação da Rádio Tropical FM de Quatro Pontes – PR. Tem formação internacional com Especialização em Coaching e Leadership pela Ohio University, nos EUA. É Jornalista com Especialização em Comunicação, Assessoria de Imprensa e Marketing. Especialista em Docência do Ensino Superior. É palestrante e consultor especialista em Desenvolvimento Pessoal. Tem experiência cultural em 12 países. Atualmente é acadêmico do 1° M.B.A em Inteligência Artificial do Brasil. Acumula bagagem com 21 anos de experiência na comunicação.
Equipe editorial do site Tropical Notícias, formada por jornalistas e redatores especializados em cobrir os principais acontecimentos da região.











