Há 15 dias, fumaça causada por incêndios no Parque de Ilha Grande toma conta de Guaíra

Há 15 dias, fumaça causada por incêndios no Parque de Ilha Grande toma conta de Guaíra
Publicado em 09/05/2024 às 5:50

A fumaça originada a partir de queimada controlada no Parque Nacional De Ilha Grande, em Guaíra, no oeste do Paraná, encobriu o céu e causou transtornos aos moradores na manhã desta quarta-feira (8). Os casos de doenças respiratórias aumentaram.

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) é responsável pela gestão do parque. Os vereadores do município entraram em contato com o Consórcio Intermunicipal para Conservação do Remanescente do Rio Paraná e Áreas de Influência (Coripa).

O órgão informou que as queimas prescritas são de responsabilidade e competências do ICMBio. As responsabilidades do Coripa incluem apenas o apoio logístico e de educação ambiental, que conta com 13 brigadistas e 3 agentes de apoio, que monitoram o local durante todo o dia e noite, protegendo as áreas que devem ser preservadas.

Desse modo, o Poder Legislativo acionou o Ministério Público Federal (MPF), solicitando uma solução mais adequada, que preserve tanto o Parque Nacional de Ilha Grande, quanto a saúde pública, a vida humana e animal e a economia local.

Um dos parágrafos destacados no ofício ao MPF, defende que a sadia qualidade de vida só pode ser alcançada com o meio ambiente ecologicamente equilibrado, saudável e não poluído, citando que as ações realizadas pelo Instituto e seus agentes possivelmente estão fora de controle, incompatíveis com a ordem constitucional do patrimônio ambiental, e que não são adequadas para a referida unidade de conservação, localizada muito próxima de uma cidade.

“O Legislativo pede ainda a apuração do responsável por essas queimadas, visando não apenas conter os danos imediatos, mas também impedir aqueles que desrespeitam as leis ambientais e colocam em risco um patrimônio natural de valor inestimável”, diz a Câmara de Vereadores.

O ICMBio defendeu que as queimadas prescritas são cuidadosamente planejadas para evitar impactos sobre a fauna, e que as ações de monitoramento estão sendo realizadas regularmente em diversas unidades de conservação.

O órgão explicou também, que a área a ser manejada com o fogo é de 3 mil hectares, menos de 4% do Parque, e que não houve indícios de mortalidade de animais, mas que a fumaça observada em Guaíra está mais densa devido à onda de calor não esperada neste período do ano.