Mais de 70 aves em extinção são encontradas em criadouro ilegal
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O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) e o Batalhão de Polícia Militar Ambiental (BPMA) apreenderam mais de 70 aves silvestres e exóticas que eram criadas, reproduzidas e comercializadas de forma ilegal no sul do Espírito Santo. As ações de fiscalização foram realizadas na semana passada, nos municípios de Ibitirama e Irupi.
Foram apreendidas 51 aves da espécie Saltator similis, popularmente conhecida como trinca-ferro, além de 21 Ring Necks, ave exótica também conhecida como periquito-de-colar. As aves estão na lista de espécies da fauna ameaçadas de extinção no Espírito Santo, conforme Decreto Estadual nº 5.237-R/2022.
Os responsáveis por manter as aves de maneira ilegal foram identificados e autuados pela Polícia Militar Ambiental. Os pássaros passaram pelo Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras) do Iema, em Cariacica, e foram levados para o Centro de Reintrodução de Animais Selvagens (Cereias), em Aracruz, onde vão receber os devidos cuidados.
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“A criação de aves ilegais gera pressão sobre os ambientes naturais, causando extinção de espécies nativas. Ao adquirir uma ave ilegal, as pessoas incentivam traficantes de aves a retirarem cada vez mais da natureza, diminuindo a ocorrência de forma natural e contribuindo para a extinção desses animais”, disse a servidora da Coordenação de Fauna do Iema, Marília Bautz.
“O trinca-ferro, por exemplo, por ser uma ave com o canto muito apreciado, acabou sendo alvo do tráfico ilegal e, atualmente, está presente na lista de aves ameaçadas de extinção no Estado. Não contribua para o tráfico ilegal de aves. Antes de adquirir uma ave, certifica-se da autenticidade no Iema. É importante se informar”, alertou Marilia Bautz.
As aves apreendidas não tinham anilha nem registro, conforme determina a legislação em vigor (Lei Estadual Complementar Nº 936/2019 e Instrução Normativa Iema Nº 06/2017).
Para ter posse regular de uma ave, o interessado poderá adquirir um animal por meio de criadouro ou empreendimento comercial legalizado, que devem ser acompanhados de nota fiscal e certificado de origem quando couber, ou deverá ser criadouro amadorista passeriforme devidamente homologado no Iema, por meio do Sistema de Controle e Monitoramento da Atividade de Criação Amadora de Pássaros (Sispass).
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