Quatro Pontes confirma 12 casos de dengue
O Paraná está em alerta quanto ao expressivo número de casos de dengue. No boletim divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) no último dia 14, o registro era de 8.441 novos casos e mais sete óbitos pela doença no Estado. Quatro Pontes está entre os municípios acometidos, retomando a preocupação da Secretaria de Saúde. Até sexta-feira (16), o número era de 12 casos confirmados via Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen-PR), além de 24 pessoas aguardando resultado de exame, 114 notificados e 78 descartados. Tais casos são contabilizados do início do ano epidemiológico, a partir de 1º de agosto de 2023, até o momento.
O aumento dos casos iniciaram na segunda semana de janeiro. A região foi identificada e passou a ser monitorada com a eliminação de focos do mosquito Aedes aegyptie aplicação de inseticida a UBV, por meio de equipamento costal,pelo Setor de Controle de Endemias. No início deste mês, outra ação foi colocada em prática pelas agentes de endemias, com apoio do Colégio Estadual Quatro Pontes, agentes de saúde e voluntários e o auxílio do secretário de Saúde, Marco Antônio Wickert. Mediante a formação de equipes, uma ‘varredura’ de casa em casa e terrenos baldios foi cumprida em toda a cidade também visando à eliminação de focos.
Já na semana passada, trabalho intenso integrou o 1º Arrastão contra a Dengue 2024 na área urbana, numa iniciativa da Secretaria de Saúde, através do Setor de Controle de Endemias, além do apoio da Secretaria de Obras, Urbanismo e Transportes, Secretaria de Desenvolvimento Econômico e da Associação Quatropontense de Catadores (AQC). A ação buscou extinguir criadouros do mosquito com a recolha de materiais inservíveis descartados pela população, contemplando todos bairros e centro.
O primeiro Levantamento de Índice Amostral (Lia) de 2024, referente ao mês de janeiro, ficou em 1,56%, maior que o quinto e último Lia de 2023, que foi de 1,29%. O resultado mais uma vez apontou altoíndice de incidência de focos do mosquito da dengue no município, visto que o considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é abaixo de 1%.Em janeiro de 2023, o índice estava em 0,80%. Em março, aumentou para 2,90%. Em maio, abaixou para 2,06%. E no mês de julho, decresceu para 1,04%.
Para fazer o levantamento, as agentes de endemias visitaram 389 domicílios, dos 1.916 existentes na sede do município (20% dos imóveis). Os dados foram tabulados por Daiane Schroder, Marciane Kollett e Marly Hermes e apresentados ao secretário de Saúde.
Focos
As agentes de endemias relembram que é fundamental reforçar medidas de eliminação dos criadouros em casa e na vizinhança. Os mais comuns são pneus, vasos, pratos de vasos, garrafas, caixas d’água sem tampa ou com a tampa quebrada, latas, lonas ou plásticos, ralos, bromélias, piscinas sem tratamento, banheiros em desuso, cisternas sem vedação adequada e recipientes que possam acumular água.
A orientação é, também, que a comunidade verifique as calhas, pois é um local onde as agentes de endemias não tem acesso e com o registro de chuvas constante é possível que acumulem água, contribuindo para a proliferação do mosquito.
Sintomas
A transmissão da dengue acontece com a picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti infectado com o vírus. Os sintomas podem aparecer em até 15 dias. Normalmente, a primeira manifestação da doença é febre alta (39°C a 40°C) que dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, fraqueza, dores no corpo, nas articulações e no fundo dos olhos. Pode haver manchas que atingem a face, tronco, braços e pernas. Perda de apetite, náuseas e vômitos também podem ocorrer.
A Secretaria de Saúde orienta a população a procurar atendimento médico em caso de identificar esses sinais, podendo ser a UBS e o Centro de Saúde.