Universidades estaduais sobem em ranking continental e reforçam excelência em ensino
As universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) se destacam novamente entre as instituições de ensino superior mais bem avaliadas do Brasil. A informação está no Ranking Universitário da América Latina, divulgado neste mês pela revista britânica Times Higher Education (THE). O levantamento classifica 70 universidades brasileiras e 144 instituições de outros 15 países da América Latina em critérios de ensino, pesquisa, internacionalização e relação com o setor produtivo.
A UEM e a UEL registraram uma melhoria no desempenho individual, na comparação com a edição de 2023. Com um salto de quatro posições, a UEM figura agora em 24º lugar entre as instituições de ensino superior brasileiras, consolidada como a segunda melhor universidade do Paraná. Na sequência, a UEL figura na 27ª colocação, duas posições acima da registrada no ano anterior. Na classificação geral, as duas estaduais ocupam as posições 38 e 45, respectivamente. A UEPG e a Unioeste estão nas colocações 46 e 48 do Brasil e na faixa 101-125 da América Latina.
Entre os parâmetros individuais de avaliação, a UEM alcançou o melhor resultado nos dois quesitos que abrangem a produção científica, com destaque no número de publicações acadêmicas. Já a UEL, a UEPG e a Unioeste obtiveram um desempenho expressivo na qualidade do ensino, que analisa a formação de novos pesquisadores, a capacidade da instituição de investimento na infraestrutura acadêmica, a proporção entre as quantidades de professores e alunos e a titulação dos professores.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Antonio da Silva Sá Ravagnani, reconhece a evolução das iniciativas institucionais de pesquisa. “Esse avanço no desenvolvimento de pesquisa é resultado de investimento em capacitação de docentes e técnicos no nível de doutorado e, principalmente, na expansão dos cursos de graduação e de pós-graduação, o que influencia para termos mais alunos atuando na pesquisa”, destaca.
Ele diz, ainda, que os resultados das pesquisas científicas contribuem para o atendimento de demandas locais e regionais, com impacto no desenvolvimento sustentável. “Esse avanço científico reflete em desenvolvimento tecnológico e inovação e contribui para a resolução de questões sociais e econômicas”, afirma.
Além da qualidade do ensino e da pesquisa, para a composição da classificação acadêmica, a THE considera ações de colaboração internacional desenvolvidas pelas universidades. A revista também analisa as dinâmicas entre as instituições de ensino superior e com os segmentos produtivos empresariais, observando fatores como a transferência de tecnologia e a inserção de soluções inovadoras no mercado.
Entre as instituições paranaenses, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) ocupa a 16ª posição geral do ranking, e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a 69ª colocação. A Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) está classificada em 46º lugar.
REFERÊNCIAS – Um outro levantamento divulgado neste mês pela Universidade Stanford, dos Estados Unidos, aponta que as instituições de ensino superior ligadas ao Governo do Paraná aumentaram em cinco o número de professores que integram a lista de cientistas mais citados do mundo, em 2024. Juntas, a UEL, a UEM, a UEPG e a Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) somam agora 27 professores classificados entre os pesquisadores mais influentes, considerando dados bibliométricos coletados até 2023, entre universidades de diferentes países e continentes.