Foi implantado no último dia 18, terça – feira, o telediagnóstico para dermatologia, uma ação que acontece através de parceria do Paraná com o Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina, vinculado à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desde maio de 2022. Essa parceria é mediada pela Oferta Nacional de Telediagnóstico (ONTD,) do Programa Nacional Telessaúde Brasil Redes do Ministério da Saúde (https://pntd.telessaude.ufrn.br/ptd). Esta ação foi ampliada neste ano para os demais municípios do Estado e, Quatro Pontes também já faz uso desta ferramenta de diagnóstico rápido de lesões de pele. O Programa consiste na emissão de laudos de lesões de pele (emitidas com o auxílio do dermatoscópio) em até 72 horas. Os exames são executados por profissionais de saúde capacitados nos pontos de telessaúde (serviços de saúde indicados pelo gestor municipal) e transmitidos à Santa Catarina. No município estão habilitados no momento para a execução dos exames a Enfermeira Maíra Cristina Risse e a Técnica de Enfermagem, Laisa Ulrich. além do médico Dr. Paulo Ricardo Heinen, habilitado para a solicitação de exames via Telediagnóstico.

Os aparelhos para a execução do serviço de Telessaúde foram adquiridos pelo município através do Consórcio Ciscopar, que foi responsável pela compra dos equipamentos compatíveis com o programa, a fim de garantir a qualidade do serviço e a execução de registro de imagens com qualidades satisfatórias, a fim de auxiliar os dermatologistas da UFSC de Santa Catarina, na identificação precoce de lesões de pele na população.

As lesões de pele são fotografadas preferencialmente no âmbito da APS, com o auxílio do dermatoscópio (aumenta a qualidade da imagem e possibilita realizar a análise diferencial de lesões malignas) e avaliadas pelo especialista via plataforma, com resposta assíncrona (em até 72 horas) e classificadas em 5 níveis:

1. VERMELHO: Quadro agudo, onde o usuário deve ser encaminhado para atendimento de Urgência e Emergência (PA, UPA ou hospital), sem critério para atendimento ambulatorial especializado no momento. Exemplos: Dermatoses generalizadas e agudas, infecciosas graves ou reações hansênicas graves.

2. AMARELO: O usuário deve ser encaminhado com PRIORIDADE para atendimento ambulatorial especializado em dermatologia. Critérios para priorização definidos no manual de teledermatologia da UFSC.

a) LAUDO GRAVE: Lesão altamente sugestiva de Câncer de pele Melanoma, sendo necessário o encaminhamento priorizado para a referência de oncologia.

3. VERDE: O usuário deve ser encaminhado para atendimento ambulatorial especializado, para avaliação de dermatologia geral, pediátrica, para cirurgia (dermatológica ou ambulatorial) ou a outras especialidades. Critérios para encaminhamento definidos no manual de teledermatologia da UFSC.

4. AZUL: O usuário sem critério para atendimento ambulatorial especializado no momento, deve ser manejado no âmbito da APS, conforme conduta clínica sugerida pelo teleconsultor especialista. Critérios para definir e orientar a conduta na APS: Manual de protocolos de conduta de doenças dermatológicas na Atenção Básica de Saúde.

 5. BRANCO: A lesão de pele apresentada pelo usuário e fotografada pela APS que não necessita de acompanhamento pela APS ou de avaliação na atenção ambulatorial especializada, por se tratar de lesão benigna de pele. A lesão é avaliada pelo especialista, com a orientação ao profissional e usuário que em caso de modificação da lesão atual ou surgimento de novas lesões deve procurar a Unidade de Saúde para reavaliação e repetição deste exame.