Havia muita expectativa em torno do tema e o anúncio da desistência do governo em realizar o leilão de arroz aconteceu em uma entrevista a uma rede de televisão.O Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Fávaro, declarou em que não será mais necessário realizar leilões para comprar arroz, produzido por países do Mercosul, já que não faltará arroz para os brasileiros até a colheita da próxima safra.

A decisão do Ministério da Agricultura em realizar o leilão foi tomada durante as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul. Embora o estado tenha sido duramente afetado pela catástrofe climática, mais de 80% das áreas de arroz já haviam sido colhidas e com proa produtividade. Ainda assim, o governo optou pela compra do produto de outros países.

No dia 6 de maio, o governo realizou a compra de 263,3 mil toneladas de arroz, mas logo após o pregão, foram identificadas irregularidades no processo, como o envolvimento de empresas que não atuam no setor. O leilão irregular gerou a demissão do então Secretário de Política Agrícola, Neri Geller, e do diretor da Conab, Thiago José dos Santos.

Mesmo diante das suspeitas, na ocasião, o Governo manteve a decisão de comprar  produto no mercado externo, propondo o segundo leilão. Os arrozeiros reagiram. A Fedearroz justificou por diversas vezes que a compra de arroz importado seria nocivo ao mercado interno.

Mas ao que tudo indica o clamor foi ouvido. O ministro reconheceu que não haverá escassez do produto no mercado e os preços voltaram ao normal.