Colégios cívico-militares: um caminho para resgatar disciplina e respeito

A discussão sobre os colégios cívico-militares na nossa região reacende uma reflexão necessária: o resgate do respeito, da disciplina e do civismo dentro das escolas. Mesmo que o Oeste do Paraná não viva os mesmos problemas de violência presentes em grandes centros, é inegável que a sociedade brasileira passa por um período em que a autoridade — seja dos pais, professores ou instituições — vem sendo questionada e, muitas vezes, desvalorizada.

Me parece que modelo cívico-militar não pretende transformar escolas em quartéis. Seu objetivo é organizar, orientar e fortalecer o ambiente escolar com rotinas claras, postura, cuidado com o espaço e respeito mútuo. Para a comunidade escolar, essa estrutura funciona como algo saudável. É um apoio na formação do caráter e na construção de responsabilidade.

Esse debate nos leva de volta à antiga disciplina de Educação Moral e Cívica, que ensinava valores simples e essenciais: respeitar os mais velhos, honrar a bandeira, cuidar do bem público, agir com ética e sentir orgulho das próprias raízes. As escolas cívico-militares não são uma solução mágica, mas podem ser um caminho para devolver às crianças e adolescentes aquilo que dá sustentação a uma sociedade: valores, limites, pertencimento e responsabilidade. E, em cidades pequenas, onde todos se conhecem, isso se torna ainda mais transformador. Uma juventude disciplinada e comprometida fortalece a comunidade inteira — do voluntariado ao respeito entre gerações e a disciplina no dia-dia.

No fim das contas, essa proposta é interessante, e fala sobre educação com propósito: formar não só bons alunos, mas bons cidadãos. É sobre olhar para o futuro com esperança e acreditar que ainda é possível reconstruir uma cultura de respeito e orgulho pelas nossas raízes. Agora é preciso saber se Quatro Pontes se encaixa nos moldes, e se o povo quer. Em Novo Sarandi – Toledo, houve a consulta e 80,2% dos presentes aprovaram a instalação do modelo cívico militar.