Estamos chegando ao Natal, um tempo de reflexão, de esperança e de mudança. Para mim, o Natal não é apenas uma data para celebrar com luzes, presentes ou mesas fartas; é um convite para olharmos para dentro de nós mesmos. É o momento ideal para uma “faxina” interna, para abandonarmos velhos hábitos, pensamentos destrutivos e comportamentos que não nos servem mais. O Natal é uma oportunidade de renascimento, de nos tornarmos a melhor versão de quem somos.

Todos nós carregamos sombras e luzes dentro de nós. Há coisas em nós que admiramos e outras que preferimos ignorar ou negar. Mas negar quem somos, nossos erros, falhas e vícios, só nos aprisiona. Como Napoleon Hill, autor do clássico “Pense e Enriqueça”, escreveu: “Você não pode mudar algo que você não reconhece.”

Aceitar a si mesmo não é se acomodar, mas sim ter a coragem de olhar no espelho com honestidade. É reconhecer que somos falhos, sim, mas que temos potencial para sermos melhores. Essa aceitação é o ponto de partida para a mudança. Porque quando admito, por exemplo, que tenho o hábito de procrastinar, que sou impulsivo em certas situações ou que guardo mágoas, eu me permito abrir as portas para a transformação.

Mas essa transformação não vem fácil. Mudança exige disciplina. Disciplina para observar nossos pensamentos, questionar nossas ações e criar novos hábitos. Vou compartilhar um exemplo prático. Há alguns anos, percebi que tinha o hábito de reagir com impaciência diante de pequenas coisas — no trânsito, em casa ou no trabalho. Eu sabia que isso não refletia a pessoa que eu queria ser. Então, comecei a praticar o que Napoleon Hill chama de “autossugestão”: todos os dias, ao acordar, eu me lembrava de que queria ser mais paciente. E quando eu sentia a impaciência surgir, respirava fundo e contava até dez antes de reagir. Esse pequeno exercício me trouxe mudanças gigantes.

Outro exemplo prático: se você sente que tem dificuldade em aceitar críticas, tente um exercício de gratidão. Sempre que alguém apontar algo em você, ao invés de reagir defensivamente, diga: “Obrigado por me ajudar a ver algo que posso melhorar.” Essa postura abre portas para o crescimento e quebra ciclos de negatividade.

O Natal, para mim, é um momento de nos tornarmos mais conscientes de quem somos e do que queremos construir. É tempo de sermos mais gentis, primeiro conosco e, depois, com os outros. É tempo de perdoar — tanto quem nos feriu quanto a nós mesmos por nossos erros passados.

Agora, deixo uma pergunta poderosa para você refletir: O que você pode fazer, a partir de hoje, para transformar um hábito ou comportamento que já não serve mais à pessoa que você deseja ser?

A mudança começa com a consciência. Que este Natal seja o seu renascimento.

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O autor do artigo é Diego Francener, Diretor de Comunicação da Rádio Tropical FM de Quatro Pontes – PR. Tem formação internacional com Especialização em Coaching e Leadership pela Ohio University, nos EUA. É Jornalista com Especialização em Comunicação, Assessoria de Imprensa e Marketing. Especialista em Docência do Ensino Superior. É palestrante e consultor especialista em Desenvolvimento Pessoal. Tem experiência cultural em 11 países. Atualmente é acadêmico do 1° M.B.A em Inteligência Artificial do Brasil. Acumula bagagem com 21 anos de experiência na comunicação.