A Polêmica Abertura das Olimpíadas de Paris: Um Abalo na Comunidade Cristã
A abertura das Olimpíadas de Paris trouxe consigo uma onda de indignação e polêmica ao redor do mundo, especialmente dentro da comunidade cristã. O evento, que é tradicionalmente um símbolo de união e celebração global, desta vez, foi marcado por uma performance que retratou a Última Ceia (quadro de Da Vinci de 1495) com drag queens, sob a bandeira do movimento “Woke” (na tradução livre: “acordar”). Este movimento, que se dissemina rapidamente pelo mundo, tem como objetivo principal promover a consciência e a justiça social, especialmente no que tange às questões de raça, gênero e sexualidade. No entanto, essa interpretação artística da Santa Ceia gerou controvérsia, levantando questões sobre a liberdade de expressão e o respeito às crenças religiosas.
O Cristianismo é uma das maiores religiões do mundo, com aproximadamente 2,3 bilhões de seguidores. No Brasil, cerca de 86% da população se identifica como cristã, o que equivale a mais de 180 milhões de pessoas. A fé cristã desempenha um papel significativo na vida de milhões de indivíduos, guiando seus valores e ações diárias. Portanto, qualquer representação que possa ser vista como uma ridicularização ou desrespeito a esses valores inevitavelmente causa revolta e indignação. A performance na abertura das Olimpíadas foi percebida por muitos como uma afronta direta à santidade e importância da última ceia de Jesus Cristo, um evento central na fé cristã.
Enquanto é crucial defender o direito de cada indivíduo de se expressar e viver conforme sua identidade, é igualmente importante considerar o impacto dessas expressões na fé e nos valores de outros. A liberdade de ser quem se é, não deve ser usada para desrespeitar ou ridicularizar as crenças alheias. Imagine se fosse o contrário: se uma representação artística desrespeitasse e ridicularizasse a comunidade LGBTQIA+? A reação seria, sem dúvida, de condenação e apoio ao grupo afetado. É como diz o ditado popular: “pimenta nos olhos dos outros é refresco”. Há uma necessidade urgente de “acordar” e reconhecer para onde o mundo está caminhando, como o próprio significado do termo “Woke” sugere.
Os valores cristãos, como amor ao próximo, compaixão, respeito, e empatia, são fundamentais para a coexistência pacífica e harmoniosa da humanidade. Respeitar a fé e a crença do próximo é um princípio essencial que deveria ser observado por todos. Uma dose de empatia e respeito certamente contribuiria para um mundo mais justo e compreensivo. Devemos refletir: estamos realmente dispostos a respeitar e considerar os sentimentos e crenças dos outros da mesma maneira que desejamos que os nossos sejam respeitados?
Ao analisar o lema da França, “Liberté, Egalité, Fraternité” (Liberdade, Igualdade, Fraternidade), a questão que se levanta é: será que este princípio foi realmente aplicado? Para alguns, sim; mas, com certeza, para outros, não.
Este artigo não tem intuito de afrontar ninguém, apenas iluminar nossa caminhada, e gerar reflexão para que, irmanados em princípios, possamos nos respeitar e progredir enquanto seres humanos.
O autor do artigo é Diego Francener, Diretor de Comunicação da Rádio Tropical FM de Quatro Pontes – PR. Tem formação internacional com Especialização em Coaching e Leadership pela Ohio University, nos EUA. É Jornalista com Especialização em Comunicação, Assessoria de Imprensa e Marketing. Especialista em Docência do Ensino Superior. É palestrante e consultor especialista em Desenvolvimento Pessoal. Tem experiência cultural em 11 países. Atualmente é acadêmico do 1° M.B.A em Inteligência Artificial do Brasil. Acumula bagagem com 21 anos de experiência na comunicação.
Imagens da abertura das Olimpíadas: