Primavera 2024: La Niña deve desafiar a safra e o dia-a-dia dos moradores no Oeste do Paraná
A primavera de 2024, que começou no dia 22 de setembro, às 09h44, e termina no dia 21 de dezembro, às 06h20, trouxe previsões de poucas chuvas e altas temperaturas para o Oeste do Paraná, cenário que deve impactar a vida dos moradores e o início da safra agrícola na região. A estação, que tradicionalmente marca a transição entre o inverno seco e o verão chuvoso, desta vez promete ser um pouco diferente, com precipitações abaixo da média histórica em todo o estado do Paraná, devido à possível formação do fenômeno climático La Niña.
Em Quatro Pontes o cenário promete ser similar, com uma grande amplitude térmica e com chuvas abaixo da média do período.
De acordo com o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a região Oeste, conhecida por registrar as maiores temperaturas do estado durante a primavera, deve enfrentar ondas de calor mais intensas e períodos mais longos sem chuva. Embora outubro possa apresentar chuvas próximas à normalidade, o restante da estação será marcado pela irregularidade nas precipitações. Temporais severos, com ventos fortes, granizo e grande incidência de raios, também podem ocorrer, tornando o monitoramento constante das condições climáticas essencial para a prevenção de danos.
Outro fator relevante alertado pelo Instituto Nacional de Metereologia (Inmet), é que a previsão de chuvas abaixo da média no Sul do Brasil pode prejudicar o início da safra 2024/2025, especialmente para culturas como soja e milho. No Paraná e em Santa Catarina, a redução das precipitações pode comprometer o plantio e o desenvolvimento inicial das lavouras, exigindo atenção dos produtores. Já no Rio Grande do Sul, a previsão é de chuvas mais regulares, favorecendo as lavouras de inverno e o plantio da nova safra, embora a umidade do solo possa diminuir em dezembro com o avanço do La Niña.
A formação do fenômeno La Niña, que ainda deve ter intensidade fraca durante a primavera, junto com a permanência de águas mais quentes no Oceano Atlântico Sul, continuará influenciando o clima no Paraná e em todo o Sul do Brasil até o início de 2025. O impacto dessas condições climáticas adversas exige atenção não apenas dos produtores agrícolas, mas também dos moradores da região, que deverão enfrentar temperaturas mais elevadas e menor disponibilidade de água.