Você sabe estar na sua própria companhia?
Aprender a ficar bem sozinho é uma das maiores provas de amadurecimento. Mas isso não significa que precisamos rejeitar o convívio, o amor ou o afeto dos outros. Estar só e estar acompanhado são duas faces do mesmo aprendizado — e quem amadurece de verdade entende que há um tempo para cada coisa.
Nietzsche dizia que “o indivíduo maduro é aquele que aprendeu a viver sozinho no meio da multidão”. E talvez seja exatamente isso: saber ser inteiro com os outros, mas também inteiro quando ninguém está por perto.
Pense em algo simples: um fim de tarde em casa. Às vezes é bom ter alguém para dividir o café, conversar, rir. Mas há dias em que o melhor é o silêncio, uma música leve e o próprio pensamento como companhia. Nesse espaço, você se reencontra, reorganiza o que sente e percebe que o apoio que vem de dentro é o único que nunca te abandona.
A solidão não é um castigo, é um espelho. Ela mostra o quanto você se basta e o quanto se conhece. Já a convivência é o campo onde testamos esse autoconhecimento — é ali que aprendemos a compartilhar o que já encontramos dentro de nós.
Clarice Lispector dizia que “a liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome”. Talvez o que buscamos seja isso: a harmonia entre o dentro e o fora, entre o silêncio e o diálogo, entre o abraço e o recolhimento.
Estar sozinho ensina a se escutar. Estar acompanhado ensina a se doar. Um sem o outro não se sustenta.
E a pergunta que fica é: você tem conseguido equilibrar os dois? Ou anda se perdendo no barulho dos outros para não escutar o que o seu próprio coração tenta te dizer em silêncio?
Equipe editorial do site Tropical Notícias, formada por jornalistas e redatores especializados em cobrir os principais acontecimentos da região.











